Vocês concordarão comigo: em qualquer filme com parto, a mãe surta e todos fazem o que ela quer, não é mesmo? É... mas não foi desse jeito na minha realidade... a começar pelo fato de ter que andar meio quarteirão, com a bolsa estourada, até a outra portaria do hospital devido a uma informação errada de um dos guardas que pediu para meu marido tirar o carro da entrada e me mostrou o caminho apontando com a mão. Eu odeio esse cara até hoje!
E como se isso já não fosse o suficiente, mesmo pedindo para ligar para meu médico pela segunda vez durante a madrugada (ele combinara comigo quando o havia informado sobre a bolsa que se precisasse poderia avisa-lo para ir antes), ainda assim quase morri de dor até as seis e meia da manhã!!! Durante todo este tempo, exceto no momento em que cheguei, que o plantonista fez exame de toque para confirmar que a bolsa havia mesmo estourado (como se precisasse), ninguém mais monitorou minha pressão, ouviu os batimentos de minha bebê, nada... Comecei aí a odiar tudo e todos que me fizeram acreditar que este seria um momento especial!
Entrei na sala de parto tão nervosa que a equipe precisou me acalmar para só depois aplicar a anestesia. Nunca sairá de minha mente meu médico e a pediatra segurando cada qual uma mão minha... nem o olhar questionador do obstetra para uma das enfermeiras (soube depois por ele que ninguém ligara para pedir que fosse antes).
Mas também nunca mais me esquecerei do choro de minha Bela... e a sensação de "consegui" quando a vi, como se tudo que tivesse vindo fazer aqui neste mundo fizera!
E como última observação deste capítulo, não... não fui acompanhada por meu marido, apesar de ser ele quem quis ao meu lado a gravidez inteira. Não consegui convencê-lo, seu medo de tudo o que se relaciona a médico foi maior. Mas ficou comigo no quarto a noite toda, o que foi bom...
Quem entrou na sala de parto foi minha mãe, porque Deus escreve certo por linhas tortas, não é isso? Foi minha melhor opção, quando a vi meu coração se acalmou e a equipe pode enfim começar seu trabalho. Minha mãe e minha filha! Somente por elas esse dia não será intitulado como péssimo, foi bom o necessário. Minha filha nasceu com saúde e, a esta altura, era a única informação que precisava saber.
Comigo foi o inverso tive uma gestação bem agitada com muitas dores, mal estar, viajando muito a trabalho, fiquei internada em outra cidade sem ninguém, quase perdi meu bebê nessas viagens a trabalho, perdi muito peso toda a gravidez e meu parto foi tranquilo na verdade não via a hora de acontecer e poder dormir de novo de barriga pra baixo...rsrs Graças a Deus deu tudo certo e estamos aqui com nossas lindas maravilhosas e perfeitas meninas... Tudo é experiência e aprendizado de vida para crescermos como pessoas. abraços
ResponderExcluirCada uma de nós, antes ou depois, vivenciamos momentos difíceis nessa nova vida... mas o que importa é que seguimos em frente...
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