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Mostrando postagens de junho, 2016

10. Voltei a ser professora, mas continuava sendo mãe!

Ok! Entendi! Dei tanta importância ao lado difícil de ser mãe que perdi o bom em algum cantinho dos choros abafados e a vontade de sumir. Mas "bora correr atrás do prejuízo"! Dos seis aos nove meses aprendi a curtir mais e me preocupar menos. Passeei um montão com minha Bela e, pouco a pouco, fui me encaixando na rotina de mãe. E foi bom demais! Com todas as dificuldades e dúvidas de sempre, mas bem mais leve... três bons meses e... o inferno outra vez! Ei mundo! Você acha que nós, mães, temos um botão que quando apertado nos faz diminuir o ritmo, esquecer que existimos, abrir mão de tudo, nos isolarmos, parar no tempo e, logo em seguida, quando acionado outra vez tudo volta a ser como antes? É isso? Vá se ferrar! Pronto, falei! Mas que droga é essa? Voltei a trabalhar... Ninguém, além das outras mães, pode entender... Como fingir que nada aconteceu? Como ter o mesmo rendimento, com o coração fora do peito? Como voltar se toda a minha alma agora é de mãe? Penso nes

9. Tempo esgotado! Volte!

Seis meses! A Bela gargalha, senta, pega tudo na mão e leva para a boca, tem dentinhos, resmunga, faz caretas, come todas as frutas, almoça e janta! Eu ainda a amamento de manhã e a noite, por pura teimosia... nunca fabriquei mais que 100ml, nos momentos de peito mais cheio 😞. Amo trocá - la, xixi, coco, amo! E fico sem chão por saber que já deveria ter voltado a trabalhar... tenho sorte em poder ficar mais dois meses com ela. Melhor ninguém mexer comigo! Estou com raiva do mundo! Primeiro todos me fizeram acreditar que era meu dever matar quem eu era, parar no tempo e ser mãe! Agora dizem: "Chega! Esqueça tudo e volte! O mercado de trabalho precisa de você!" NÃO! NÃO! NÃO!!!! Minha filha é quem precisa de mim! Não estou pronta, ainda não! Por favor... ainda não... Oito meses... ela é só um bebê... 😭 Dizem que tristeza traz doença... deve ser verdade... um pouco antes desse dia chegar, sofrendo só  de imaginar... pego dengue, eu e meu marido. E pela primeira vez me

8. O amor, ele sim veio naturalmente

Um sorriso aqui, um cheirinho ali, um aperto mais forte em minha mão e pronto! Apaixonei-me por minha filha! Aconteceu e nem percebi... foi no primeiro olhar? Na primeira vez em que notei que eu era sua força? Não sei, só aconteceu... isso sim foi natural, ela existiu e eu a amei para sempre! Ela foi impondo suas vontades e eu, sua rotina, pouco a pouco, juntas, encontramos nossos passos. Saiamos juntas, tomávamos banho juntas, dormíamos... uma vida juntas! Ela é minha, eu sou dela! Simples, como achei que seria tudo! A vida foi seguindo e de repente me vi 100% mãe! Como se todos os meus outros eus nunca tivessem existido.  E entre uma volta no Jardim Botânico, uma papinha dada no Bosque da cidade e um café da tarde no shopping, sempre ela e eu, fui, finalmente, tomando gosto pela licença maternidade. Quanto a esposa... não havia encontrado espaço para ela ainda...  Do nada me vejo querendo ser filha do marido para também ser tirada para dançar, ser vista, dormir juntinho.

7. Aceitação: ação necessária para continuar seguindo

Em uma tentativa desastrosa de sair um pouco e respirar tive essa ideia: "Sou eu quem irá ao mercado de hoje em diante". Pena que só contei isso para mim, esqueci-me de informar o amore que chegava do serviço com a compra e carregado de produtos que nunca tinha visto antes... cada vez uma marca mais esquisita que a outra! Sei da crise econômica, também acho que economizar seja a nova ordem, mas... queria tanto usar o shampoo certo para meu tipo de cabelo, lavar a roupa e sentir o cheirinho costumeiro... estava carente, poxa! Precisava chegar o mais próximo possível do que era. Antes de eu me sentir tão fora de mim... 😢 Logo usar o sabão em pó da marca que gostava era SIM necessário! Ponto! 😠 Afinal precisava ter motivos reais para esbravejar e exigir meus direitos, mesmo o mais idiota deles... já que tantos outros escorreram pelas minhas mãos sem nem mesmo eu ter me dado conta. Agarrei-me no sabão em pó! Era o que "tinha para hoje", meu povo! 😬 E assim c

6. Tempo difícil

Com dez dias de vida da minha bebê eu surto! Coloco tudo no carro, incluindo o marido e vou ao shopping! Preciso sair, respirar, sentir-me livre outra vez!  No entanto, arrependi-me no segundo minuto em que piso lá. Sou abordada por uma desconhecida que diz: "Que linda! Quantos dias ela tem? Coitadinha, parece tão novinha!!!" Pronto! Sinto-me imediatamente a pior mãe do mundo! A mais insensível, a mais irracional...e daí que precisava sair? Mãe não pode ter querência! Não pode! Não pode! Volto para casa aos prantos...jurando nunca mais sair com ela junto... Dois meses! Foi o tempo que levei para tirar outra vez minha boneca de casa. E só o fiz porque era Natal...e a família insistiu. Antes não tivesse ido... Meu mundo não batia mais com de ninguém! Vivia paralelamente... Numa solidão tão brilhante que ofuscava as pessoas ou tornava-me invisível... mas, entendam, isso estava em mim, ninguém era responsável... Fui dormir às oito da noite. Acordei às seis (sim a Be

5. Um dia aprenderei a ser mãe?

"Pronto! Sou mãe, levarei minha bebê para casa e saberei ser para ela a melhor! Não, não quero ninguém me ajudando, pois preciso aprender tudo o quanto antes, uma vez que não terei auxilio depois, além do mais, sou a mulher maravilha que mantem tudo sob controle, certo?" Sério, devem colocar alguma coisa nas páginas dos manuais de como ser mãe, só pode, para eu ter ficado tão imbecil assim, a ponto de achar que daria conta... Na maternidade me disseram: "Não se assuste, bebês dormem muito durante o dia também!" - ok, suportarei ficar horas com tempo livre, rsrs 😉. Porém minha pequena não dorme! Nunquinha! Passa o dia acordada e chora, muito! Lembrei-me dos malditos manuais outra vez que dizem: "Aos poucos a mãe saberá identificar os diferentes choros." Fico no aguardo... aos poucos seria uma semana? Um mês? Quando saberei o motivo do choro da Bela? O leite não vem como deveria, esta é mais umas das muitas situações que descobri não ser tão natura

4. O Parto

Vocês concordarão comigo: em qualquer filme com parto, a mãe surta e todos fazem o que ela quer, não é mesmo? É... mas não foi desse jeito na minha realidade... a começar pelo fato de ter que andar meio quarteirão, com a bolsa estourada, até a outra portaria do hospital devido a uma informação errada de um dos guardas que pediu para meu marido tirar o carro da entrada e me mostrou o caminho apontando com a mão. Eu odeio esse cara até hoje! E como se isso já não fosse o suficiente, mesmo pedindo para ligar para meu médico pela segunda vez durante a madrugada (ele combinara comigo quando o havia informado sobre a bolsa que se precisasse poderia avisa-lo para ir antes), ainda assim quase morri de dor até as seis e meia da manhã!!! Durante todo este tempo, exceto no momento em que cheguei,  que o plantonista fez exame de toque para confirmar que a bolsa havia mesmo estourado (como se precisasse), ninguém mais monitorou minha pressão, ouviu os batimentos de minha bebê, nada... Comecei aí

3. Nasci para ser mãe

Nove meses! Tudo ocorreu bem! Exceto uma contração aqui, outra acolá, aos sete meses... tive a melhor gravidez do mundo! E me senti a pessoa mais abençoada também e a mais bonita e a mais sortuda! Nunca me achei tanto como quando estava gravida, rsrs! Não havia quem não ficasse de olhinhos molhados quando descobria que eu estava grávida. Percebi que havia uma torcida gigante por nós e senti a sensação mais doce: gratidão!  Era grata pelo amor que carregavam por minha menina! Ah! Não havia dito? Sim, Deus havia me dado uma garotinha que receberia o nome de Bela. Trabalhei até uma semana antes dela nascer, tinha disposição e saúde para isso! Engordei 10 kg e, juro, nunca me senti tão de bem com a vida assim! Tudo conforme havia sonhado e como os livros diziam que tinha que ser! E por falar neles... a esta altura já havia lido todos os manuais necessários para enfrentar o que estava por vir. Estava pronta! Nasci para ser mãe! O parto estava previsto para oito de novembro, conform

2. Não fui feita para dar a vida?

Esterilidade sem causa aparente. Ah??? Pois é... este foi o meu diagnóstico. Mas diagnósticos não são para dizer o que a gente tem? Meu Deus! Tantos exames invasivos, tantas expectativas em cada um para isso? Sem causa aparente...  essa foi boa! Alguém do céu está tirando uma com minha cara, só pode ser isso! Meu ginecologista sugere uma videolaparoscopia investigativa e... terapia. Que engraçadinho, por acaso ele está sugerindo que não engravido porque minha cabeça não deixa? E o coração? Não conta? Não importa? Ei! Todos vocês! Eu QUERO ser mãe!  Ok! Querer então, no meu caso, não foi o suficiente. Vamos encarar isso de frente: nasci quebrada! Farei análise! Até porque parece que não tenho opção, minha prima já marcou meu horário! E quando a família pensa que você é louca... minha gente... é melhor não duvidar!  Cirurgia e terapia agendadas! Estou mesmo fraquinha demais... de alma principalmente. Aproveitar todo o tempo livre para chorar, essa não deve mesmo ser uma atitude

1. "Eu quero ser mãe!"

"Eu quero ser mãe! Agora!" Vinte e nove para trinta anos, esta era a idade que eu tinha quando disse esta frase, com convicção, pela primeira vez... onde esta vontade estava guardada até então? Talvez na preocupação com o futuro... ou no querer aproveitar a vida... sei lá... só sei que quando ela veio queria que fosse para ontem! E tranquilo... estava tudo planejado desde os 18: - Faculdade com dezoito (Arquitetura); - Formatura com 24 (porque era óbvio que passaria direto); - Empregada até os 25 (na área de decoração de ambiente); - Casamento com 26 (daria conta de organizar minha festa fantasia, ops, digo, dos sonhos, neste intervalo); - Engravidar com 30 (após aproveitar 4 longos anos viajando com o maridão). Perfeito!  Conheci meu príncipe com 17 e já sabia que seria para sempre! Pois bem... tudo certo...! Tirando o fato de não ter passado de primeira no vestibular, de não ter tido dinheiro para mais um ano de cursinho, de ter tido que prestar Letras e