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Mostrando postagens de 2018

54. Amamentação: capítulo final

2/12/2018, aqui termina minha história sobre amamentação. Foi o último dia que senti a boquinha da Dora em meu peito (sim, meus olhos encheram de lágrimas ao relembrar a sensação). Já há dois meses que venho protelando, este foi o dia que tomei coragem. Toda manhã a mesma sensasão: esta acabando meu leite. O peito já não enchia, a bebê já não queria mamar. Mas eu insistia. Dois minutos sugando e o sorriso de sempre olhando para mim: "Jura, mamãe, que quer mesmo que continuemos com isso?" KKK So faltava falar... Há duas semanas que recusava-se a mamar pela manhã. Mas à noite ainda queria. No último dia 2, nem à noite deu certo. Nem na manhã seguinte. Então tomei a decisão! Como diz uma amiga querida: "Fiz o que pude!" Foram 8 meses, amamentei a Bela por 10. Ambas desistiram. Por mim continuaria... Antes que me perguntem: meu peito não empredrou, não vazou, nada, nada ... E não, ela não procurou mais. A sensação é de dever cumprido. Não foi fácil, mas s

53. Obesidade infantil ou padronização?

Antes de começar a escrever já deixo claro que falarei aqui minhas considerações de mãe, sem nenhuma pretensão de considerar-me certa. Minha primeira filhota, Bebela, chorou demais, demais por um mês e meio, quando nasceu. E foi justamente o que desencadeou a história que contarei. No início tinha aquela imagem doce, cultivada falsamente, da amamentação (já falei sobre isso em capítulos anteriores). Levava ao pé da letra tudo o que me era indicado pelos pediatras (tinha dois) e o banco de leite. A bebê ficava meia hora em cada peito, mais 20 min para arrotar e chorava, sem parar, após 40 min, às vêzes antes disso . Fazia de tudo para que parasse: trocava a fralda, dava colo, cantava, tentava distrair com brinquedos, colocava no sling, no berço, carrinho, mas nada adiantava, só sendo amamentada resolvia. Tudo o que diziam que aumentava o leite tomei... Na época, havia lido muito sobre não fazer do peito a solução para tudo na vida da bebê, pois estaria ensinando-a a descontar os

52. Medo de não amar igual

Outro dia ouvi: "Como você fez com a segunda filha? Eu tinha uma filha de 4 patinhas e ela ficou de lado quando minha bebê nasceu... Tenho medo de ter outro filho..." A frase não foi completada, não precisou, sei sobre esse medo: é possível amar tanto quanto amamos o primeiro filho? Ou amaremos mais o segundo? Duas considerações: 1. Bichinhos e bebês: amores distintos. Como Y e X, sabe??? Não consigo fazer essa comparação.  2. Quanto aos filhos: é amor e ponto. Não amamos menos, amamos de maneiras diferentes, cada um com suas especificidades. Mas amor, dos infinitos. E dá para separar amor em sua forma total e identifição (sim, pode rolar uma maior identificação com o temperamento de um, mas continuamos amando o outro imensamente 😍).  Cheguei a está conclusão. Não, não sei se é a certa! E foi dada a largada! Que comecem as posições contrárias!!!! 😊 Eu tinha este medo, de amar mais, de não amar igual... Bastou eu ver a Isadora para essas teorias serem desconsi

51. Uma pequena crônica

A mulher invisível Começou já no namoro, ela falava e ele não respondia. De início, pensava: "tão distraído..." E sorria... Depois de um tempo, o silêncio passou a incomodá-la um pouco, mas o amor era tão grande que achou-se capaz de falar pelos dois. Casaram-se. A rotina aumentou o mal estar com a falta de comunicação.  Tiveram filhos. Nem que quisessem já não dava para conversar. Ele achou bom. Ela chorou.  Para ela era importante. Era como se sentia parte. Para ele, um alívio, nunca gostou mesmo disso.  E ainda que ela gritasse, ele já não ouvia mais, havia perdido a capacidade. Aos poucos ela também se calou. Tudo parecia bem. Mas por dentro, ela morreu um pouco... Deixou de ser  quem sempre fora. Virou invisível 😔.

50. Dona de casa e do coração de minhas filhas

Acordo em alguns dias às 6h, com um sorriso lindo de quase, quase cinco anos dizendo: "Bom dia, mamãe!" Em outros, 5h30, com um chorinho de olhinhos fechados (não se dá o trabalho nem de abrí-los KKK), avisando: "Estou morrendo de fome, venha agora!" Amamento ou faço o leite para a maiorzinha, a ordem não importa, e começo meu dia. Tomo meu leite, escovo os dentes (lembrar de fazer isso garante a saúde bucal da Bebela que acaba de ganhar seu primeiro molar), arrumo as camas, organizo a casa, coloco roupa lavar ou recolho as já secas, guardo cada peça em sua gaveta, troco a bebê. Já passa das 9h30, hora do lanchinho da manhã: meu e da filhota. Eu como em pé mesmo, para não perder tempo. Se me dou o direito de não fazer almoço, vou dar atenção para às meninas: sentar com elas, ler um livro, assistir a um desenho, brincar. Caso opte pela comida, começo o preparo. 11h: arrumo o lanche da escola, oriento minha menina na organização dos brinquedos (o que signifi

49. Alergia ao leite de vaca??? Lá vamos nós!

"Ser mãe é padecer no paraíso!" Sim, óbvio que é muito bom, claro que amo demais, mas é difícil pra caramba! Mamães concordarão. A rotina da Dodó estava bem estabelecida, as cólicas mais controladas, vida seguindo redondinha. Mas manchinhas na pele insistiam em ir e vir. Formação de círculos, com contorno avermelhado e pele extremamente seca dentro. Bochechas, próximo aos cotovelos e joelhos. No terceiro mês a orientação foi hidratar. No quarto, cortar tudo que continha leite de vaca. E daí o "caldo desandou". Eu sou, praticamente, um bezerro! Sou muito dependente de tudo que vai leite. Basicamente, alimento-me disso... precisei fazer a restrição com a Bebela também, pelas mesmas manchinhas. Mas como não fui bem orientada, comi muitas coisas que continham leite (salame, por exemplo, como saberia?). Desta vez, graças a orientação de uma amiga querida que sofreu na pele com isso (sua filhotinha teve alergia), consegui fazer tudo certinho! Quinze dias, af!

48. Cada um cuida da sua vidinha 😉

"Mamãe, cada um cuida da sua vidinha!" Esta é a frase momento na boca da minha filhota de 4 anos. É usada, principalmente, quando tento convencê-la a fazer algo diferente de como esta realizando. Sim, imaginei ouvir isso apenas depois dos 15 anos dela! Sim, já disse que mamães podem cuidar da vida dos filhotes, sim! E é claro que não gostei, apesar de me segurar para não rir! Mas no mundo em que estamos vivendo, saber disso, faz toda a diferença, não é mesmo, galerinha? É um tal de palpitar aqui, palpitar acolá, que vou te dizer, viu! E depois que viramos mãe, só Jesus na causa! Basta tirar os pés de casa que topamos com um ser para achar que é melhor que nós para cuidar de nossos filhos. "Ela esta com fome!" "Dê uns tapas!" "Nossa! Mas não está frio demais para sair com um bebê!" E assim vai.... Hoje, porém, a situação vivenciada por mim, superou todas as outras! Tinha consulta com o pediatra às três horas. Cheguei pontualmente! A secre

47. Mãe de duas! 🙃

É libertador ser mãe pela segunda vez. Percebi o quanto pequei pelo exagero, somente agora. Tinha medo de tudo e uma necessidade gigantesca de ser perfeita! Incomodava-me o "achar" dos outros. Preocupava-me tanto que deixava de aproveitar. Lia todos os sites sobre desenvolvimento do bebê e os seguia à risca. Hoje leio blogs 😍! Os reais (como por exemplo o "Mamães da vida real)! Leio os relatos daquelas que, assim como eu faço, tem coragem de admitir que não é fácil, desabafando para seguir melhor! Sabem o que senti desde o instante em que soube estar grávida (hoje, exatamente hoje, faz um ano que fiz o teste!)? Que poderia fazer diferente, desta vez não deveria ser perfeito. Porque nunca é! Buscar por isso é caminho doido, vai por mim! Com a segunda já tinha a certeza de que não sabia nada mesmo 😊 e que no fim tudo daria certo do mesmo modo! Tão mais humano! Hoje busco viver, deixo a opinião alheia para lá. Faço do jeito que penso ser melhor, sem querer at

46. Doce rotina... Doce? 😊

Daqui há alguns dias Isadora completará 3 meses, o tempo é um maratonista nato... Não para nunca! Minha bebê já esta imitando tartaruga 😊: de bruços, levanta o peitinho para olhar o mundo, e está cheia dos balbucios.  Sigo firme na amamentação, aquela, do meu jeito. As bochechas dela agradecem kkk. Com dois meses e meio passou a dormir de oito a nove horas seguidas! Grata, filha linda! Como a irmãzinha fez há cinco anos atrás! Não atribuo a isso um milagre. Sou caxias, tenho rotina, até demais, desde o primeiro dia de vida, penso ser este o motivo. Durante o dia elas dormiam com o barulho da casa e a luz do sol. Se acordavam, brincava com elas, rua, conversava, cuidava. A noite, casa silenciada a partir das 8h. O volume da teve diminui, as luzes se apagam, banho, mamadeira, história, orações, música, "boa noite, amorzinho". Sempre igual! Enquanto me pediram as amamentei de madrugada, mas dai de modo mais mecânico, sem conversa, super sorrisos, luz direta. Sempre d

45. Amamentar: meu recomeço 🙏

É um fato: não sou super fã de amamentar. Confessado isso para mim mesma, inicio minha segunda caminhada neste campo tão vasto que é o ato de alimentar o outro - que no caso é um serzinho redondo e rosado, constatação que me incapacita totalmente de não querer fazê-lo 😬😊. Chego da maternidade já derrubando minha própria decisão de não sofrer nadinha com isso e desistir na primeira complicação. Olho para Isadora e penso: "Vale insistir!". Em seus quatro primeiros dias de vida, claro, super ajudo com o complemento e sem culpa alguma! No quinto dia o leite vem, junto dele a febre e os velhos conhecidos calafrios. O corpo dói, o bico dói, a falta de sono dói... O cansaço é imenso e a livre demanda não colabora com isso. Mas desta vez fui mais esperta: aceitei descaradamente a ajuda de minha mãe, esqueci-me que tinha casa e dormi 🙏! Sim, pessoas, dormi um sono grande de uma hora e meia todas as tardes, depois que minha mais velha ia para a escola. Isso fez TODA a dif

44. O segundo parto

Segunda, 09/04, placenta calcificada, líquido diminuindo... Sim, provavelmente entrarei em trabalho de parto até o fim da semana. Oi? O que foi que disse? Em trabalho de parto? E quem disse que quero? Marco minha cesária para o dia seguinte (perdoem-me adeptos a parto "normal", isso nunca foi um sonho para mim, dediquei-me a inventar o meu parto 'humanizado', sim, porque ao meu entender, parto humanizado é aquele em que não tiram o direito de escolha da mulher). Madrugada do dia 10/04, sem inibina (remédio que tomei da 35° a 38° semana devido a um desencadeamento de contrações fora de época): reinício das contratações 🙈. Desespero... Não quero e não vou passar por tudo outra vez. A dor de lembrar era maior que a que estava sentindo no corpo, estava com medo. O dia nasce, vou para o hospital assim que minha equipe de reforço chega: mãe, dinda da Bela! Faço a internação e já aviso das contratações. Sou encaminhada para uma sala onde o coração da bebê e minha pre

43. Nunca mais será só ela 🌸

De repente me pego pensando: "Nunca mais será só ela... Minha menina linda..." Foram quatro anos e meio de um amor tão intenso, tão cúmplice, eu e ela, ela e eu... E talvez seja o último fim de semana assim: somente por ela. Não tenho ideia de como essa mudança afetará a vidinha que ela construiu, rezo para que seja de modo construtivo, com aprendizados gigantes!  Essa experiência não vivenciei. Quando cheguei a este mundo já tinha minha Tata, como se fosse a extensão de mim mesma. Nunca tive nada só meu. Sempre dividi tudo: brinquedos, angústias, experiências, alegrias, quarto... E acreditei desde muito cedo que a vida foi feita para isso! Minha princesa, não... Tudo e todos era para ela. Talvez por isso ela "encasquetou" que não era para ser assim. Desde que se entendeu por mini gente, pede uma irmã. Ama os primos mais que tudo, adora casa cheia e vive fazendo pares de bonecas, uma é irmã da outra. Foi a insistência dela que me trouxe até aqui: 37 s

42. "Meu sonho é que o que escrevo encontre alguém que leia!"

Quando comecei a escrever meu blog, meu único objetivo era organizar minha mente. Falar sobre minha recusa em aceitar seguir "receitas prontas", construir o "meu" jeito de ser mãe. Estava tão cansada do mundo perfeito da maternidade... Tão, tão cansada da cobrança que eu mesmo mantinha comigo... "O meu bebê dorme!", "Mamadeira???? 😱", "Não faça assim, esta errado!", "Não deixe!". Na melhor das hipóteses ouvi: "É assim mesmo, depois que viramos mãe, esquecemos de quem somos, normal!". Escutava aquilo tudo com tanta estranheza que cheguei ao ponto de não suportar mais!  Dei um basta! Mas em mim mesma! Precisava, era questão de sobrevivência, encontrar-me e a minha maneira de educar minha menina!  Comecei a escrever! Sem pretensões!  Qual não foi minha surpresa, outro dia, receber um baita elogiu!!!! Uma pessoa querida disse o quanto se reconhece em meus textos e como eles fazem bem a ela!  Ganhei o dia! 

41. Trigésima terceira semana = pânico.

Esta é a quarta noite em que vou dormir chorando. Minha filhinha iniciou a semana pedindo por favor para que eu não durma na maternidade, para que eu fique com ela, para que eu não morra 😔. Domingo falamos muito sobre nascimento, a família cresceu, ganhamos uma linda princesa, nossa sobrinha 😍. Não sei se foi isso que desencadeou a insegurança nela ou o fato de ter ficado longe do pai dois dias ou a proximidade da chegada da Dorinha... Não sei... O que sei é que ficou me torturando com isso uns três dias. Sim, disse torturando mesmo... porque o medo de instalou em mim. Medo do desconhecido. Medo de tomar outra anestesia, medo de como minha pequena ficará 😢. Pavor! Depois disso, o comportamento dela passou de ansioso para super rebelde! Sabem quantas vezes ela disse que não quer mais ser minha filha só nesses últimos três dias? Perdi a conta 😔. "Mamãe, quando vou poder fazer tudo do meu jeito e não do seu?" "Quero ser igual a você, mamãe! Para poder manda

40. O primeiro filho

Nascemos, recebemos os cuidados e o amor necessários, aprendemos a andar, correr, falar, comer, brincar. Iniciamos nossa trajetória escolar. Viramos crianças. Começamos as amizades, nos transformamos em pré-adolescentes, adolescentes, nos apaixonamos, descobrimos tantas outras primeiras vezes, encontramos alguém legal e um dia, finalmente, geramos vida! De repente, não somos mais filhas... Muito menos namoradas, nos tornamos a mãe do bebê. Nem o nosso nome mais importa... Viramos máquina de tarefas vitais. Nos perguntamos a todo instante: "Onde desliga???" "E o manual?" "Quem eu sou?". Os dias vão passando, as dúvidas aumentando, o medo e a culpa surgem, o cansaço gruda em nós, nos tornamos, de fato, práticas (para nossa sobrevivência), apagamos a velinha do primeiro ano... Olhamos para trás e, surpreendentemente, percebemos que viramos mãe! Mãe?! Oi? Isso mesmo! Mãe! E quem foi o responsável por isso? O primeiro filho 😍! Já pararam para pe