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Mostrando postagens de 2016

26. Altos e baixos

Dias ruins são seguidos de outros bons. Concentrei-me nisso para não enlouquecer... Depois da decepção e vergonha, fui atropelada por um enorme vazio, capaz de me impedir de sentir. Por fim, a velha culpa de sempre, por pensar que não sou boa como mãe. E enfim o sol! Meus ciclos, toda vez eles...Esta sou eu!  Em minha defesa só posso dizer que sou humana, erro tanto que as vezes fica complicado acreditar que tenha conserto. Mas tenho! E cada vez que caio volto ainda melhor... Eu e minha menina temos temperamento apimentado! Digamos que daríamos boas atrizes, dado o alto nível de dramaticidade em nosso sangue, rsrs Isso nos faz sair do doce para o extremo azedo em segundos. Ela resiste com bravura a cada ideia que a contraria. Eu, dedico cada minutinho que tenho para mostrar-lhe os caminhos que gostaria que seguisse. Gosto das coisas do meu jeito! O problema está no fato dela também adorar isso... Está difícil fazê-la entender que precisa seguir mais meus comandos, conf

25. Retrocedendo

Foi uma leva boa de "amo minha vida, amo a mim, amo o mundo..." continuo achando que sou uma boa garota, porém... Vocês acharam que tudo havia se resolvido? Pois é...Enganei até a mim mesma... não me odeiem ou o façam, tanto faz!  Parece que educar é mesmo a tarefa mais árdua, cansativa e dolorosa do mundo... nenhuma outra a supera. Nem sempre é legal ser mãe... Quantas vezes eu penso isso! E quantas vezes me arrependo de ter pensado... Minha filha consegue ser tão cruel comigo que dói! Dói a alma, dói o peito, dói a consciência. Dói, cansa... Todo dia ensino a mesma coisa e todo dia ela me devolve com a mesma rispidez, falta de educação e descontrole... OK, também não sou exemplo de auto-controle para ninguém, já perceberam...  Parece que nada que faço dá resultado... Parece, infelizmente, que será assim eternamente. Eu sei que tudo na vida tem um porquê, sei que a vida é constante entendimento, confio na inteligencia dela, sei que superará essa fase... Mas, sinceram

24. Virada

Eu disse há um tempo atrás que uma das características mais incríveis do ser humano é a capacidade de adaptação. Naquele momento, referia-me à situações ruins, mas hoje, refletindo, englobaria também as boas. Por que não? Porque não posso acostumar-me com o que a vida me trouxe de legal? Que medo era esse que me paralisava toda vez que algo bom poderia acontecer? Sei lá porque condicionei-me a esperar pelo ruim e, com isso, acostumei-me a pensar não ser merecedora do bom... Mas isso já não importa mais! Todas as noites minha menina envolve meu pescoço com seus bracinhos, pede para que eu nunca saia de sua vida e dorme... Sou grata por poder vivenciar isso! Houve um tempo em que cheguei acreditar que não aconteceria... Houve outro tempo em que queria minha vida de volta e mais outro em que sentia tanto cansaço que só queria dormir, era incapaz de curtir seja lá o que fosse. Hoje reconheço que tenho direitos: de cuidar de mim, de me divertir com minha filha, de ser professora, n

23. Planos

E se a vida é feita de sonhos, precisamos urgentemente organizá-los! Conclusão a qual cheguei! Eu sei, sou boa nisso de pensar no óbvio bem depois 🙄. Seguinte: sonhei demais desde que me entendo por gente, criando altas espectativas para tudo... Mas não fiz nadinha para que virassem realidade meus desejos. Bem mais fácil guardar o que queremos e fazer o que nos mandam... cômodo, pode-se dizer... Chega! Cansei de concordar, chegou a temporada de argumentar! Basta de planejamento, estou sedenta de execução! Acho que desta vez o pozinho mágico que colocaram em minha anestesia era dos que ajudam! Voltei dessa experiência amando o mundo, a vida as pessoas... Tudo! Tudo que vivi antes da Bebela nascer, enquanto buscava por ela quebrou -me por dentro! Idiotas todos os que não cumpriram suas funções, profissionais da saúde que, ao invés de me instruírem, fizeram -me quase acreditar que toda aquela dor por não engravidar era culpa minha! Idiotas! Eis a classificação para cada um! Fofos: m

22. Delegar: aprendizado essencial

Voltei! Abri os olhos e pensei: "Obrigada!" O que mais poderia dizer? Daqui a pouco estarei em casa com minha princesa e meu amorzão! É só o que quero! Nesses dias que antecederam a cirurgia e durante o processo só pedia isso: quero voltar! Bobeira, eu sei... nem dá para chamar o que fiz de cirurgia, o nome certo é procedimento cirúrgico, rsrs, mas já me deixou de "cabelos em pé"! Credo! Vou tratar de cuidar mais do que sinto e penso, não quero mais sustos... Serei mãe zen daqui para frente, rsrs. Bora então voltar para os bons pensamentos: o  pós cirúrgico trouxe amores para perto, foi bom! Valeu a pena! Dessa vez permiti que me ajudassem, ao menos essa lição eu aprendi! Estão vendo? Já é algum avanço, rsrs. Minha Bebela ficou dengosa, não aceitou tudo de boa, não! Mas como é esperta... Achou melhor entender! Acho que ficou a lição: sou substituível; ela, adaptável, rsrs. Esses dias em casa foram tão necessários! Por que a gente deixa o tempo envenena

21. Ops! Uma pedrona no caminho

A leva de otimismo acompanhou-me por quase um mês, fiz tudo para não deixá-la ir embora... Juro! Mas recebi o telefonema da secretária de meu ginicologista para marcar uma consulta. Epa! Médico ligando atrás de paciente? Não somos nós quem corremos atrás deles? Implorando horários para consulta? Óbvio que uma pulguinha passou a cutucar minhas orelhas! Porém recusei-me a deixá-la escurecer minha alegria! Segui... E marquei a consulta. A conclusão do médico: videolaparoscopia. Minha endometriose, pela segunda vez... Aí vocês devem pensar: tranquilo, cirurgia simples, "de boa"... Nem tanto... Não para o coração de uma mãe... Sabe... Fiquei esquisita depois de assumir esse meu novo papel. Sempre fui medrosa, nunca gostei de nada que fosse diferente demais do que já conhecia, arriscar-me não me agradava em nada...porém nunca me peguei pensando em quando fosse embora... Credo, gente! Por que isso? Depois que ganhei minha Isabela passei a me proteger ainda mais... S

20. É necessário dizer

UAL!!! Estou feliz! Não, ainda não é porque tudo, tudinho está dando certo... Vamos combinar que isso não é real, minha gente! Estou feliz por perceber que, de pouquinho em pouquinho, vou me transformando em uma mãe diferente das do manuais e... Pasmem! Acho isso muito bom! Já falei por aqui no quanto ler livros sobre maternidade me fez mal, certo? Mas por um bom tempo achei que a culpa de tudo era só deles... Fui injusta! Desculpem-me autores! Hoje sei que eu é quem não estava preparada para eles! Sei que desenvolvi uma técnica de acreditar que tudo seria como estava lá, criando altas expectativas... Por ser ingênua demais? Inexperiente demais? Burra? Sei não... O que sei é que hoje consigo lê - los sem pensar que acontecerá ou, pior, que deverá ser daquele jeito... Hoje sei que nunca estive no controle de nada, ao contrário, de tanto acreditar nisso, agi feito doida. Descobri que posso errar e pedir desculpas, posso ser eu mesma e, ainda assim, algumas pessoas continuarão me aman

19. Recomeço: há luz no fim do túnel!

A adaptação passou... Eu me acostumei com o novo horário e "vida que segue"! Afinal é isso, não é mesmo? O mundo nunca para e não está nem aí para o que sentimos... Tivemos opções? Não! Adiantava sentar e chorar? Não! Logo... Fizemos a única coisa que poderia ser feita: passamos pelo obstáculo! Isso faz de nós pessoas fortes? Provavelmente... Pagamos o preço e pronto!  Lembram-se que disse pensar todos os dias sobre como isso mudaria minha vida? Pois é... Mudou! Desde esse início de ano recusei-me a brigar comigo. Chega! Já era hora de olhar para mim com carinho! Afinal merecia isso! Uma onda de "tudo acabará bem e me tornarei uma pessoa melhor", tomou conta de meu coração e minha cabeça! Resolvi arriscar! Buscar por caminhos diferentes... Sei que parece bobo, mas para quem me conhece sabe que saltei alto!  Não quero mais ter medo de tentar! Não quero arrepender-me por não ter feito nada!  De hoje em diante só me arrependerei do que fiz!  Perdoei-

18. Quanto se paga por ser mãe?

Um mês ouvindo, todos os dias: "Mamãe, eu não quero ir na escola à tarde!", frase sempre acompanha de choro. Quanto a gente tem que sofrer por ter escolhido ser mãe? Como virar as costas, erguer a cabeça e ir trabalhar? Como? Indo... Um pouquinho por dia. Só chorar já não dava mais conta de remediar o que eu sentia. Odiava tudo e todos que, querendo ou não, nos colocaram nessa situação. Entendam, "fera ferida" não pensa, sente; não respira, age! Pedi ajuda na escola, devia ter algo a ser feito para que ela se encantasse mais por lá! Apesar de saber que a única coisa que ela queria ela estar comigo em casa... O problema, não era ir para a aula, isso ela fazia feliz! O que não queria era continuar por lá no período inverso. Sabe... Quando falam em direitos das mulheres isso sempre vem em minha mente: "O dia que, de fato, reconhecerem nossos direitos, poderemos trabalhar em empresas que acolham nossos filhos. Porque para mim é tão simples... Se pudesse ap

17. Desfralde e volta às aulas: Podemos odiar o mundo?

E por falar em obstáculos... Já disse aqui que sou professora, não é mesmo? Como também contei o quanto me faz bem! Mas, como em qualquer profissão, tem cada "pedra no caminho..." Uma delas é nunca saber o horário em que irei trabalhar. Entra ano e sai ano e é sempre a mesma insegurança... Organizamos a vida, os horários e compromissos e, de repente, tudo muda! A ponto de não saber o período de matricular a Bela. Isso sempre me estressou, agora, irrita-me, tira-me do sério mesmo! 2016 começou com essa sombra e, junto a isso, veio o desfralde da pequena. Tenho que desabafar por aqui... Como, do nada, não encontrar mais fralda de um tamanho que sirva para minha bebê? Ela tem dois anos apenas! Que absurdo!!! Por que fazem isso com as mães? Colocam tudo em tabelas ridículas, enquadrando e condenando nós, mães, e nossos amorezinhos que escapamos delas. Assim como eu, minha filha foge à média e já está sofrendo as consequências... Com um aninho não pôde fazer exame de

16. Obstáculos vencidos? Será?

Dezembro de 2015! O tempo voa! Chorei na última reunião de pais da escolinha de minha fofinha, eu e todas as outras mães é claro, rsrs. "Vencemos, filha! Mais um degrau nessa longa escada de nossas vidas! Foi tão lindo de ver suas conquistas, garotinha..." Neste ano, antes mesmo do desafio das mordidas, passamos juntas pelo abandono do berço também, porque desde um ano e dois meses que a Bebela não cabia mais nele 😔, batia-se o tempo todo, precisávamos fazer algo sobre.  Foi nesse tempo que considerei o tamanho da burrada que havia feito! Até então, minha menina ia para a cama as oito e meia e acordava às sete da manhã, logo, fazê-la dormir era rotina pesada, mas superada por minhas horas de sono... o problema começou em ter que levantar -me, duas, três, quatro vezes a noite para devolver-lhe a chupeta 😑! O sono ficara agitado demais, pela mudança e uma tosse seca que a acompanha até hoje. Isso tudo foi que me fez ver onde havia me metido, rsrs! Minha mãe me dizi

15. Educar: o maior desafio da maternidade!

Terapia iniciada, adaptação no trabalho e na escola feita, vida que segue. A esta altura minha filha já estava com um ano e meio e as coisas pareciam começar a dar certo... "só que não". Recebi a notícia de que minha bonequinha mordia os amiguinhos da sala de aula. Oi? Como assim? "Tipo" cachorro? Morri! Meu Deus! "Mãe, quando era criança mordia também? Tem caso na família desse comportamento? "(Tem, mas não citarei nomes... preservo minha vida, kkk) Gente, como isso?! Quando pensamos em filhos antes de ser mãe, na verdade, estamos associando-os às bonecas de nossa infância e não às crianças mal criadas que vimos ao longo da vida! Essa é a grande conclusão em que cheguei! "Sei... não é super genial, mas é digna de ser publicada!" Nunca imaginei: "Um dia terei uma filhinha linda que não me obedecerá, que morderá os amiguinhos da escola, fará birra para chamar minha atenção e outras coisinhas a mais..." Fala sério...  Imaginava

14. Terapia: iniciando o encontro comigo mesma

Terapia é coisa estranha! Primeiro piora tudo para bem depois ir ajudando a melhorar... Foram meses com feridas abertas, sangrando, raivosa (ok! Ainda sou isso um pouco). Hoje começo a desfazer os nós, prova disso: Este livro fofo! ❤ Junho de 2015, foi esta a data de meu pedido (apesar de sentir-me humilhada por isso) para meu marido deixar-me voltar na terapia. Tive que pedir por um motivo bem óbvio: não poderia pagar pelas sessões! 😑 Ele disse que faria isso por mim! 😍 Foi de todos, o melhor presente! Ainda preciso lembrá -lo disso todos os meses, mas ok! Ainda assim foi lindo! Porém como comentei logo a cima, o início é sempre doloroso demais! Relembrar os próprios erros, analisá-los com frieza é sempre tão difícil... mas vamos que vamos... Em minha primeira sessão já fui logo dizendo: "Não fui a mãe que deveria ter sido nos primeiros três meses de minha filha!" Trazia isso comigo... achava que não tinha dado a ela amor suficiente, senti-me, por isso, com uma faca c

13. Acostumei-me com a nova vida sem saber o que fazer com isso

A gente se acostuma com tudo, não é mesmo? Com o bom e o ruim! Eis uma das características mais bárbaras do ser humano: adaptação ao meio, ao novo, à mudança. Não fosse isso, não sobreviveríamos. O problema está no alto preço que pagamos por cada vez em que nos acostumamos... Estava já conformada com a volta ao trabalho. Sobrevivi, carregando todas as consequências cabíveis disso. O "leão" da vez agora era a ida da Bebela à escola. Um ano e quatro meses. Ela estava pronta? Eu estava? Já passou da hora? Era importante? Já entendi que será assim sempre! Tudo relacionado à maternidade não é natural... é sofrido por um mês, penoso, doído bem no fundo e... passa! Pasmem!  Penso que seja essa a razão de parecer natural para tantas mães. O sofrimento é passageiro e, nem ao menos nos recuperamos de um baque, já somos atropeladas por outro e outro e...é tudo sempre curto, mas intenso, agudo! Talvez a maioria das mães prenda-se ao "curto", eu, esquisita que sou, fi

12. Em busca de mim

Eu já disse que meu marido fora um dia a pessoa mais importante da minha vida? Já disse que somente em seu abraço é que me sentia segura?  Por isso é que me encontrei tão perdida... esperava que ao lado dele nada, nem ninguém, pudesse me atingir, para mim ele sempre seria uma fortaleza. Confiei a ele essa função. O problema é que novamente não o comuniquei sobre. Sempre a mesma atitude! Quando irei aprender? Por muito tempo tentei, através dele, conseguir a certeza que tanto precisava. Pensei que dele é que viria a segurança... custou para entender que somente eu, e mais ninguém, é quem tinha as senhas necessárias para abrir as portas que ainda estavam fechadas. Dediquei-me tantos anos da minha vida a tentar atender as expectativas das pessoas sobre mim e tinha tanta facilidade em relação a isto que achei, com convicção, que "perceber" a necessidade do outro era natural. Não era... como ser mãe também não... nessa vida nada é nato minha gente, tudo requer esforço por dem

11. Um ano: somos sobrevivemos

Um ano! Ah? Pois é... acabou o meu primeiro ano como mãe! E parece ter acontecido ontem o nosso encontro: eu e ela. Foram tantas as primeiras vezes vividas até aqui... o primeiro sorriso, o primeiro dentinho, o primeiro tombo, a primeira vez que engatinhou, "minhocou", rolou... primeiro passo! Primeira vez em que engasgou, o primeiro banho, a primeira troca, a primeira noite em que dormiu inteira, o primeiro passeio, as palminhas, os sorrisos, a papa doce e a salgada... a primeira vez em que acordei e dormi sem amamentar...  Pode haver amor maior e mais intenso? Não! Acho que essa deve ter sido minha primeira grande decepção nesta nova jornada. Sempre acreditei que o amor mais bonito era o que acontecia entre um homem e uma mulher por ser o único que envolve "querência". Amor de filho, irmão, mãe... nos são dados... o de marido não...a gente conquista gota a gota  ao longo de uma vida. Mas minha teoria caiu por terra no segundo em que vi minha filha. Doideira v

10. Voltei a ser professora, mas continuava sendo mãe!

Ok! Entendi! Dei tanta importância ao lado difícil de ser mãe que perdi o bom em algum cantinho dos choros abafados e a vontade de sumir. Mas "bora correr atrás do prejuízo"! Dos seis aos nove meses aprendi a curtir mais e me preocupar menos. Passeei um montão com minha Bela e, pouco a pouco, fui me encaixando na rotina de mãe. E foi bom demais! Com todas as dificuldades e dúvidas de sempre, mas bem mais leve... três bons meses e... o inferno outra vez! Ei mundo! Você acha que nós, mães, temos um botão que quando apertado nos faz diminuir o ritmo, esquecer que existimos, abrir mão de tudo, nos isolarmos, parar no tempo e, logo em seguida, quando acionado outra vez tudo volta a ser como antes? É isso? Vá se ferrar! Pronto, falei! Mas que droga é essa? Voltei a trabalhar... Ninguém, além das outras mães, pode entender... Como fingir que nada aconteceu? Como ter o mesmo rendimento, com o coração fora do peito? Como voltar se toda a minha alma agora é de mãe? Penso nes

9. Tempo esgotado! Volte!

Seis meses! A Bela gargalha, senta, pega tudo na mão e leva para a boca, tem dentinhos, resmunga, faz caretas, come todas as frutas, almoça e janta! Eu ainda a amamento de manhã e a noite, por pura teimosia... nunca fabriquei mais que 100ml, nos momentos de peito mais cheio 😞. Amo trocá - la, xixi, coco, amo! E fico sem chão por saber que já deveria ter voltado a trabalhar... tenho sorte em poder ficar mais dois meses com ela. Melhor ninguém mexer comigo! Estou com raiva do mundo! Primeiro todos me fizeram acreditar que era meu dever matar quem eu era, parar no tempo e ser mãe! Agora dizem: "Chega! Esqueça tudo e volte! O mercado de trabalho precisa de você!" NÃO! NÃO! NÃO!!!! Minha filha é quem precisa de mim! Não estou pronta, ainda não! Por favor... ainda não... Oito meses... ela é só um bebê... 😭 Dizem que tristeza traz doença... deve ser verdade... um pouco antes desse dia chegar, sofrendo só  de imaginar... pego dengue, eu e meu marido. E pela primeira vez me

8. O amor, ele sim veio naturalmente

Um sorriso aqui, um cheirinho ali, um aperto mais forte em minha mão e pronto! Apaixonei-me por minha filha! Aconteceu e nem percebi... foi no primeiro olhar? Na primeira vez em que notei que eu era sua força? Não sei, só aconteceu... isso sim foi natural, ela existiu e eu a amei para sempre! Ela foi impondo suas vontades e eu, sua rotina, pouco a pouco, juntas, encontramos nossos passos. Saiamos juntas, tomávamos banho juntas, dormíamos... uma vida juntas! Ela é minha, eu sou dela! Simples, como achei que seria tudo! A vida foi seguindo e de repente me vi 100% mãe! Como se todos os meus outros eus nunca tivessem existido.  E entre uma volta no Jardim Botânico, uma papinha dada no Bosque da cidade e um café da tarde no shopping, sempre ela e eu, fui, finalmente, tomando gosto pela licença maternidade. Quanto a esposa... não havia encontrado espaço para ela ainda...  Do nada me vejo querendo ser filha do marido para também ser tirada para dançar, ser vista, dormir juntinho.

7. Aceitação: ação necessária para continuar seguindo

Em uma tentativa desastrosa de sair um pouco e respirar tive essa ideia: "Sou eu quem irá ao mercado de hoje em diante". Pena que só contei isso para mim, esqueci-me de informar o amore que chegava do serviço com a compra e carregado de produtos que nunca tinha visto antes... cada vez uma marca mais esquisita que a outra! Sei da crise econômica, também acho que economizar seja a nova ordem, mas... queria tanto usar o shampoo certo para meu tipo de cabelo, lavar a roupa e sentir o cheirinho costumeiro... estava carente, poxa! Precisava chegar o mais próximo possível do que era. Antes de eu me sentir tão fora de mim... 😢 Logo usar o sabão em pó da marca que gostava era SIM necessário! Ponto! 😠 Afinal precisava ter motivos reais para esbravejar e exigir meus direitos, mesmo o mais idiota deles... já que tantos outros escorreram pelas minhas mãos sem nem mesmo eu ter me dado conta. Agarrei-me no sabão em pó! Era o que "tinha para hoje", meu povo! 😬 E assim c