Conversando, dia desses, com uma colega queridíssima, ouvi seu relato sobre ter deixado de dar atenção ao filhote (por estar terminando uma apresentação que faria) e o quanto lembrar disto estava deixando-a chateada. Ela explicou que logo em seguida à negação, voltou atrás, largou tudo o que estava fazendo e dedicou-se ao pequeno (um fofinho de sorriso encantador feito o da mãe). Mas nada a fez desculpar a si mesma por alguns dias.
E quem nunca, né...
Em minha última postagem, falei um pouco sobre o quanto culpei-me por tudo o que vivenciei com o início da maternidade... E como fui um carrasco comigo mesma.
Então fiquei pensando: será que existe mãe sem a culpa? 🤔
Ou ela, a culpa, nasce juntinho de nossas crias?
Sei não...
O que posso afirmar é que todas as mamães que conheço carrega a "fulaninha" consigo. Como se tudo o que acontecesse fosse por algum erro ou falha nossa. Sem contar a sociedade machista em que vivemos que não só joga nas costas das mulheres a criação dos filhos, como também as acusam por tudo. Graças a Deus e aos meus sogros, não tenho um marido machista, mas ainda pego-me pensando nos direitos que os homens tem e nós não. Como para nós, mulheres, tudo fica mais limitado depois da maternidade, né! Uma de minhas maiores dificuldades foi não querer abrir mão de continuar fazendo coisas das quais gostava antes de ser mãe. Não fui capaz de bancar minha querência.
De repente, vi-me enredada em dias iguais, exatamente iguais, sentindo uma solidão tão grande que gelava os ossos e incapaz de mudar.
Mecanicamente "dava conta de tudo" e pensava: "Vai passar, tem que passar, não pode ser assim para sempre, pode?"
Não foi... Passou... Aos poucos fui me adaptando a minha filhota, nossa rotina, meu novo mundo. Fui rasgando o dia a dia, para abrir espaço para um café da tarde, uma caminhada, uma costura... E vi que ainda estava por ali, diferente, mas ainda eu!
Uma das coisas que mais me irritavam nesse tempo foi ver o quanto a vida do papai continuava a mesma. Nunca vi uma super, hiper mudança na rotina de meu marido. Apesar de sempre auxiliar-me, conseguiu manter seu mundinho mais conservado. Já euzinha tive que me reinventar e nascer quase que como outra pessoa 😬. É agora que vem a pergunta que não quer calar: "Por quê?"
Porque sim! Porque carreguei comigo, desde o dia em que coloquei os olhos em minha bonequinha, uma culpa chata, chata. Como disse, penso que ela vem junto com o parto😑. Romper com ela cabe a nós, pessoinhas do sexo feminino. Chega, né!
Hoje, acordo pensando em ser o melhor que conseguir e durmo dizendo a mim mesma: "Fiz o que pude e tudo bem!" 😊.
Concluindo, então... Somos culpadas até o dia em que abrimos mão de ser! 😉
Não quero mais que minha menina pense que sou perfeita... Basta que saiba que sou humana. Não me envergonho de pedir desculpas a ela, foi o que minha amiga fez também! E é o que todas devemos fazer, acho...
Ok! Também não consigo sempre, mas ainda assim, quando sou capaz de olhar essa nova velha vida com aceitação é bom demais!!!
De repente, vi-me enredada em dias iguais, exatamente iguais, sentindo uma solidão tão grande que gelava os ossos e incapaz de mudar.
Mecanicamente "dava conta de tudo" e pensava: "Vai passar, tem que passar, não pode ser assim para sempre, pode?"
Não foi... Passou... Aos poucos fui me adaptando a minha filhota, nossa rotina, meu novo mundo. Fui rasgando o dia a dia, para abrir espaço para um café da tarde, uma caminhada, uma costura... E vi que ainda estava por ali, diferente, mas ainda eu!
Uma das coisas que mais me irritavam nesse tempo foi ver o quanto a vida do papai continuava a mesma. Nunca vi uma super, hiper mudança na rotina de meu marido. Apesar de sempre auxiliar-me, conseguiu manter seu mundinho mais conservado. Já euzinha tive que me reinventar e nascer quase que como outra pessoa 😬. É agora que vem a pergunta que não quer calar: "Por quê?"
Porque sim! Porque carreguei comigo, desde o dia em que coloquei os olhos em minha bonequinha, uma culpa chata, chata. Como disse, penso que ela vem junto com o parto😑. Romper com ela cabe a nós, pessoinhas do sexo feminino. Chega, né!
Hoje, acordo pensando em ser o melhor que conseguir e durmo dizendo a mim mesma: "Fiz o que pude e tudo bem!" 😊.
Concluindo, então... Somos culpadas até o dia em que abrimos mão de ser! 😉
Não quero mais que minha menina pense que sou perfeita... Basta que saiba que sou humana. Não me envergonho de pedir desculpas a ela, foi o que minha amiga fez também! E é o que todas devemos fazer, acho...
Ok! Também não consigo sempre, mas ainda assim, quando sou capaz de olhar essa nova velha vida com aceitação é bom demais!!!
Ai essa tal de culpa! Às vezes a supero e na maioria das vezes sou superada por ela. Tento a cada vez não me cobrar tanto, como se fosse um diálogo com a minha própria consciência kkkk, bizarro né? Acho que é coisa de mãe... faço sempre o que posso e preciso ter para mim que de alguma forma isso é suficiente, embora muitas vezes percebo que poderia ser "mais". Esse "mais" também é complicado né? Tão desejado e ao mesmo tempo cada vez menos possível. Ainda bem que refletimos né Fer? Adoro suas postagens, me vejo em todassss! Bjussss
ResponderExcluirNão sei o que seria de minha parte mãe sem essas reflexões. Assim como passar por tudo isso, sem minhas queridas mães confidente seria impossível. Canso-me também dos "mais"... Difícil harmonizar o necessário com o coração. Enfim... Sou a favor a nos unirmos enquanto mães, sempre! 😉
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