Dá para acreditar!? Já estamos completando o quarto ano juntas, eu e ela, ela e eu! E a mistura é tão intensa que as vezes a vejo como uma extensão minha, tipo um braço fofinho que me acompanha diariamente!
Quatro anos de portas abertas, invasão de privacidade, noites grudadas e carrapatinho no meu pé. Nunca mais fui sozinha, tirando as horas de sono no período da tarde cada vez mais raras, nunca mais "ouvi" o silêncio.
Vivo por ela literalmente! As vezes ainda penso em como seria bom "bater perna" sozinha ou fazer qualquer outra coisa assim, mas volto logo para minha realidade.
Tenho necessidade, sim, de sossego! Todos os dias! Quem sabe não consigo, não é mesmo? É o que penso e digo para mim mesma, kkk. Mas cá entre nós: Sabemos que é bem mais difícil na prática...
As birras continuam, infelizmente! Mas vem no pacote! Continuo rezando para minha mãe do céu!
E com a mesma intensidade do aumento dos escândalos, aguça minha necessidade de educar, orientar, mostrar outros caminhos... Coisas de Deus! Nunca desistirei de minha menina! Ela foi dada a mim, como quando alguém nos dá um lindo presente! Ela é meu milagre! Não há de me faltar força para ajudá-la! Ainda que eu caia, chore, diga que está impossível... Ainda assim... Saberei levantar-me! Sou mãe!
Olho para ela e penso: "Foi confiado a mim ensiná-la, não falharei nesta tarefa!"
É complicado... Desgastante... Dificílimo! Entretanto é o meu caminho! Escolho segui-lo!
Ela é meu auto-retrato: brava, orgulhosa, intensa, dramática e mandona. Pensa estar sempre certa!
É difícil lidar com os próprios defeitos através do outro. Ainda mais em se tratando de um outro filho 😬. Acho que nunca mais ficarei sem terapia. Quero muda-la para que não sofra como eu. Esqueço-me de que não posso caminhar por ela.
No momento estou tentando perdoar-me diariamente. Só assim para aceitar meu lado ruim através dela.
A nosso favor digo que temos amor de sobra. Viemos ao mundo para sentir a dor e a alegria em todos! Somos fortes nas ações! Somos inteiras o tempo todo... Intensas! Temos milhões de qualidades! Ficarei nisso, sempre que conseguir 🙃
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ResponderExcluirEu e ela...ela e eu! Sinto falta da leitura real do "ser" mãe Fer, obrigada. Aprendi que não é como um conto ou que nasci pra isso! Aprendi a ser, entender, compreender, abdicar, sonhar... entre tantos outros sentimentos verbais na compreensão de que o eu e ele...ele e eu... era meu, só meu! O amor intenso também não foi redigido, não li, também aprendi, mas desta vez que era nosso, só nosso.
ResponderExcluirTem ideia de como foi bom ler o que escreveu? Essa viagem, chamada maternidade, parece, as vezes, tão solitária em um mundo cheio de "perfeições"...
ExcluirObrigada, querida amiga!