Pular para o conteúdo principal

21. Ops! Uma pedrona no caminho

A leva de otimismo acompanhou-me por quase um mês, fiz tudo para não deixá-la ir embora... Juro!
Mas recebi o telefonema da secretária de meu ginicologista para marcar uma consulta.
Epa! Médico ligando atrás de paciente? Não somos nós quem corremos atrás deles? Implorando horários para consulta?
Óbvio que uma pulguinha passou a cutucar minhas orelhas!
Porém recusei-me a deixá-la escurecer minha alegria! Segui... E marquei a consulta. A conclusão do médico: videolaparoscopia. Minha endometriose, pela segunda vez...
Aí vocês devem pensar: tranquilo, cirurgia simples, "de boa"... Nem tanto...
Não para o coração de uma mãe...
Sabe... Fiquei esquisita depois de assumir esse meu novo papel. Sempre fui medrosa, nunca gostei de nada que fosse diferente demais do que já conhecia, arriscar-me não me agradava em nada...porém nunca me peguei pensando em quando fosse embora... Credo, gente! Por que isso?
Depois que ganhei minha Isabela passei a me proteger ainda mais... Saber que alguém depende de você, faz com que cresça! Pode acreditar! 
Senti medo! Não por mim, mas por ela. Fiz-me de durona, pra variar, mas senti muito medo!
Agradeci por ser algo simples, mas isso não aliviou o pânico.
Lembram-se de que disse que se não cuidamos da alma o corpo padece? Pois é...
Tomei todas as providências necessárias para a vídeo, mas por dentro... Racionalmente falando, sei que isso é ridículo. Porém em coração não se manda, ele sente e acabou! E neste exato momento ele está desesperado! 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

63. Entregando os pontos

20 de novembro de 2019, uma quarta-feira: o dia amanheceu estranho. Estou cansada. Não cansada de "putz, que dia!". CANSADA de alma. Não respiro bem. Como se a vida me deixasse exausta, sabe. Mais discussões com a Bela. Não sabia, juro, que a teimosia da adolescência poderia chegar antes. Dirijo até a escola, apesar de meu corpo inteiro e pensamentos, pedirem o contrário. Começo a aula, vários alunos falam comigo ao mesmo tempo: primeiro branco  do dia (não consigo continuar, a voz, cansada, quase não sai, o ar também não). Não consigo retomar o conteúdo. Insisto! Medo. Estou perdendo o controle de tudo? Quarta aula do dia e mais um branco. Mente embaralhada. Preciso voltar para eu mesma, minhas filhas precisam de mim e eu também. Pressão na nuca, forte. O peito aperta, sufoca. O braço pesa. Minha cabeça não suporta mais informações. Saio no meio do período. Procuro um cardiologista. Após vários exames sou encaminhada para o psiquiatra. Dezembro: antidepressivos, depressão cr

64. Fênix

 Entregando os pontos? Jamais! Meu nome é Fernanda, sou de escorpião, filha de nordestino com Italiana e amo duas meninas. Nada me faz desistir!  Sim, é verdade que caio muitas vezes, mas para levantar ainda mais forte! Muito eu! Tenho duas lindas garotinhas, por elas encontro força. Não, não queria me submeter a medicação e seus efeitos colaterais... Mas o que não tem remédio, remediado está. Através do tratamento, vou permanecendo. Sem picos muito altos ou muito baixos. Apenas oscilando... Como onda sem espuma em mar tranquilo. Vou seguindo nesse vai e vem.  Descobrindo, pouco a pouco prazeres antes não vistos. Como se a vida ganhasse novas cores e sabores. Bem devagar vou experimentando tudo, redescobrindo uma alegria que ficava abafada pela doença.  Janeiro, fevereiro, março de 2020: é tempo de parar. #fiqueemcasa. De repente, o que era tão normal, fica estagnado. As mochilas são guardadas, uniformes amontoados. Os potes com nomes para o lanche perdem sentido. Deixa de existir a co

65. O trabalho invade a vida

Pandemia! Eis que tudo muda. Nunca vimos nada assim, capaz de paralisar o mundo! Foi tão anormal que as vezes ainda parece mentira.  Mas, não, não é mentira. Há um vírus forte o suficiente para desafiar a ciência e matar milhões de pessoas. E está em qualquer lugar.  2020: o ano que nos obrigou a sermos diferentes.Começou com carinha feliz, de esperança e muito trabalho. De repente, nos surpreendeu em proporções gigantescas e a vida pediu reinvenção.  A primeira coisa que mudou foi o trabalho, ele veio para dentro de nossas casas e, antes que nos déssemos conta, nossa intimidade foi escancarada.  Não deixamos de trabalhar, mas precisamos aprender um jeito novo. Sim, temos filhos! Sim, eles choram, se irritam e resistem como se quisessem gritar: "Não está certoooo! Não aqui, em nosso lar! Aqui você é nossa mãe!" Retrocesso total na luta das mulheres, altos índices de mães desempregadas: foram as primeiras, cujas cabeças rolaram. Foi escancarado o mundo patriarcal que se fingia