41. Trigésima terceira semana = pânico.

Esta é a quarta noite em que vou dormir chorando.

Minha filhinha iniciou a semana pedindo por favor para que eu não durma na maternidade, para que eu fique com ela, para que eu não morra 😔. Domingo falamos muito sobre nascimento, a família cresceu, ganhamos uma linda princesa, nossa sobrinha 😍. Não sei se foi isso que desencadeou a insegurança nela ou o fato de ter ficado longe do pai dois dias ou a proximidade da chegada da Dorinha... Não sei... O que sei é que ficou me torturando com isso uns três dias. Sim, disse torturando mesmo... porque o medo de instalou em mim.

Medo do desconhecido. Medo de tomar outra anestesia, medo de como minha pequena ficará 😢. Pavor!

Depois disso, o comportamento dela passou de ansioso para super rebelde!

Sabem quantas vezes ela disse que não quer mais ser minha filha só nesses últimos três dias? Perdi a conta 😔.

"Mamãe, quando vou poder fazer tudo do meu jeito e não do seu?"

"Quero ser igual a você, mamãe! Para poder mandar!"

"Vou embora dessa casa!"

"Quero ser livre!"

🙈🙉🙊

Não, não estou falando de uma adolescente... Ela só tem 4 anos!!!!

Senhor... 😞

O xixi na cama, depois de dez dias sem dar problema, voltou. As coceiras, também. 

Imagino o quão difícil deva estar sendo para ela a chegada da irmãzinha, mas digo de coração aberto: para mim também.

O caos se instalou de tal forma que não tem como não lembrar - me de como fiquei quando ela nasceu.

Voltei a bater boca por organização de armários, itens da lista de mercado, por solidão... Por não gostar de como minha casa esteja sob nova direção...  

Sinto, em várias vezes, vontade de sair correndo. Sumir... São embates constantes, qualquer não vira uma guerra. Odeio, com todas as minhas forças, brigar com minha filha. Odeio me sentir do lado oposto do abismo em relação ao homem que amo, odeio não controlar a mim mesma.   

A Dora foi um presente de Deus para mim, assim como minha Bela. Não cabe aqui falar de falta de amor... Ao contrário, ele mal cabe no peito! É tanto querer bem... Tanto! Então sem julgamentos, por favor.

Leiam-me como uma mãe amedrontada, sentindo-se acuada. 

Em menos de dois meses vivenciarei novamente uma das experiências mais dolorosas e intensas pelas quais passei. Com um pequeno diferencial: desta vez já sou mãe da Bebela. Tenho pavor em imaginar-me como fiquei quando ela nasceu, sabendo que agora ela estará sentindo tudo 😥😭.
Mas entreguei a decisão de engravidar à mãe das mães: Maria! A ela entrego meus medos, dúvidas e receios outra vez. Sei que ela estará comigo! Amém 🙏.